Não somos o Evangelho


Durante nossa caminhada como movimento, muitas foram as críticas sofridas, eu particularmente acolhi a todas, isso me faz repensar minha caminhada e minhas impressões sobre tudo, até porque muitas dessas críticas vieram de amigos a quem respeito muito.

A maioria dessas críticas aponta para a incapacidade do movimento de ter se tornado algo diferente das demais instituições cristãs. Muitos na comparação nos colocam em situação melhor, mas nada realmente muito significativo.

Assim, é sadio abandonar idealizações do movimento como algo puro, perfeito, sem defeito algum. Nós não somos o Evangelho, somos apenas um movimento que pretende anunciar o Evangelho, e para isso usamos de todos os meios disponíveis, cabendo aí afirmar nossa existência institucional.

O que nos diferencia de muitos outros movimentos e instituições religiosas é como vemos e nos comportamentos frente a alguns temas caros para as estruturas ditas cristãs.

Por exemplo, não nos anunciamos e nem cremos num elitismo, como se fosse de Deus apenas aqueles que fazem confissões especificas. Lutamos constantemente, e eu particularmente faço disso uma das maiores lutas que travo, para que entre nós não haja juízo algum contra o próximo.

Basta ler o que escrevemos e perceberá que não é possível nos enquadrar em termos teológicos, como inclusivistas ou universalistas, o que cremos é na total liberdade de Deus e na sua inesgotável Graça.

Recusamos qualquer teologia, pensamento que promova a ideia de que se é possível associar vida com Deus, salvação, a confissões religiosas quaisquer, inclusive as cristãs.

Quem nos critica apenas por possuirmos ritos (ceia e batismo), e funções, mentores, supervisores e etc. não conhece ou não está sendo justo em sua crítica, ao afirmar que em razão disso não nos diferenciamos das chamadas igrejas exclusivistas.

Nossa organização não pretende controle de mentes, muito menos da liberdade do Espírito, mas não somos ingênuos a ponto de imaginar que um ajuntamento humano como nosso, com atividades organizadas como as nossas, podem existir sem tais estruturas. E é claro que uma vez havendo tais coisas, temos desafios e problemas surgidos da mesma. Mas não somos daqueles que não se envolvem com nada só porque não corresponde ao ideal da perfeição. Como disse antes e repito, não somos o Evangelho, apenas o anunciamos.

Ivo Fernandes

12 de fevereiro de 14

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