Carta aberta aos do Caminho
Foi no
ano de 2006 que escrevi a primeira carta aberta aos do Caminho, ano que
iniciamos uma estação do caminho da Graça em Fortaleza, e já se foram 12 anos
desde então.
Quanta
coisa vivida! Quanta história! E como disse numa oportunidade entre os irmãos,
precisamos respeitar a nossa história. Nela há diversos momentos distintos,
tempos de não-identificações, tempos de negações, de afirmações, de grandes
projetos, de crescimento, de retornos, de novidades, enfim, mas em todos os
tempos vividos, uma coisa só importa, para além de tudo que somos como
movimento, como expressão social, organizacional e institucional, nós somos
mesmo é parte da Igreja de Jesus que se reúnem dentro desse maravilhosos e
desafiante corpo, chamado Caminho da Graça.
Não importa
o que acham de nós, e nem mesmo o que alguns entre nós acham, o que importa é o
que sempre fomos. E quanto a isso não podemos nos calar, nem nos envergonhar,
antes devemos bradar, somos Igreja, nascida da inquietação santa que surgiu em
nosso coração quando respondemos à pergunta: E vós o que dizeis quem Eu sou?
Somos Igreja porque junto a confissão que fazemos lutamos contra as portas do
inferno que se abrem dentro de nós mesmos todas as vezes que abandonamos a
confissão de fé por nossas especulações teológicas, e na vitória sobre ela
vencemos o próprio cristianismo e andamos como comunidade da ressurreição, que
lê o mundo todo pela chave hermenêutica é Cristo, amor e verdade encarnados.
Chegou o tempo onde não
há mais dúvida em nossa linguagem sobre isso. Há 12 anos na carta mencionada
disse: “Jesus veio como a Palavra encarnada, e o
caminho da Graça está aqui para anunciar as Boas Novas”. E o que mudou? Nada! Ou
talvez apenas a disposição para isso.
Agora não
nos gastaremos em maus combates. O nosso bom combate está posto. E juntos como
Igreja iremos “para as cabeças”. E que não tenho dúvida das coisas que creio e
das decisões que tomei.
Nada
mudou em mim nesses anos, repito aqui o que disse há 12 anos: “o caminho da graça é para mim, é
minha estação neste tempo. Obrigado Senhor pelo Caio, esse homem, apenas homem,
mas intensamente amoroso e amorosamente intenso, que me inquieta, que me
confunde, que me quebra, mas que levanta e caminha comigo. Obrigado pelos
mentores, todos eles, os que comigo já andam e aqueles que neste encontro tive
a graça de conhecer. Obrigado por toda a cura promovida, e por todo aprendizado”.
Termino este encontro com ânimo
renovado e pronto para batalhar junto. Esse é o Caminho da Graça. O Caminho é
Cristo. O Caminho é Nele. O Caminho vai dá Nele. O Caminho já deu Nele.
Somos
parte da multidão dos que confessam no coração, pois nem toda confissão de
lábios é verdadeira
Somos parte
daqueles que tem um só coração, alma e fé
Entre nós
só há um Dogma: o Amor.
E no Amor nos movemos e existimos
Fomos enxertados na Videira para
dar frutos
Colocados no Caminho para curar e
proclamar
E não temos outra mensagem
Nossa confissão é Jesus Cristo
Nossa esperança a ressurreição
E na simpatia de todos nasce a
igreja de novo
Ivo Fernandes
Vosso irmão e servo
30 de julho de 2018
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