Nigéria - VI
MANNDU, A MENINA-BRUXA & DOIS MENINOS SOB O FACÃO
Durante a preparação do evento, fomos visitar uma jovem chamada Manndu, de 18 anos, que aos 12 fora acusada de ser bruxa. Abandonada pela mãe, a adolescente foi viver nas ruas, onde foi estuprada e engravidou. A avó a recolheu de volta ao lar onde teve seu o bebê.
Esta jovem era a cara da solidão, seu olhar era vago, completamente acostumada a não ter amigos com quem se relacionar, sequer abria a boca para conversar com a gente.
Debaixo de um teto escaldante, nós todos suávamos muito até convencer sua avó de que não havia bruxa nenhuma dentro da sua neta, senão, somente uma jovem normal aprisionada por um rótulo maldito da cultura pagã e religiosa.
Oramos por elas, e pelo bebê. Os homens da casa já morreram. Deixamos suprimento financeiro também, que as aliviaria da dura vida por um pouco.
Ao sairmos desta casa, recebemos uma ligação do CRARN, o orfanato. Eles nos chamaram porque chegaram dois novos hóspedes. Um menino de 10 anos e seu amigo de 6, foram salvos por um bom samaritano que passava bem na hora em que ambos seriam sacrificados.
Eles contaram que um irmão mais velho por parte de pai de uma das crianças, estava se dirigindo para o mato com os dois meninos para matá-los, orientado por alguém que não se sabe quem, ainda. Um casal estrangeiro as levou ao orfanato depois que tudo aconteceu.
Triste começo de mais desgraça cheia de cicatrizes no corpo e na alma desses pequeninos.
Jojo de Olivença
Akwa Ibom/NIG
Durante a preparação do evento, fomos visitar uma jovem chamada Manndu, de 18 anos, que aos 12 fora acusada de ser bruxa. Abandonada pela mãe, a adolescente foi viver nas ruas, onde foi estuprada e engravidou. A avó a recolheu de volta ao lar onde teve seu o bebê.
Esta jovem era a cara da solidão, seu olhar era vago, completamente acostumada a não ter amigos com quem se relacionar, sequer abria a boca para conversar com a gente.
Debaixo de um teto escaldante, nós todos suávamos muito até convencer sua avó de que não havia bruxa nenhuma dentro da sua neta, senão, somente uma jovem normal aprisionada por um rótulo maldito da cultura pagã e religiosa.
Oramos por elas, e pelo bebê. Os homens da casa já morreram. Deixamos suprimento financeiro também, que as aliviaria da dura vida por um pouco.
Ao sairmos desta casa, recebemos uma ligação do CRARN, o orfanato. Eles nos chamaram porque chegaram dois novos hóspedes. Um menino de 10 anos e seu amigo de 6, foram salvos por um bom samaritano que passava bem na hora em que ambos seriam sacrificados.
Eles contaram que um irmão mais velho por parte de pai de uma das crianças, estava se dirigindo para o mato com os dois meninos para matá-los, orientado por alguém que não se sabe quem, ainda. Um casal estrangeiro as levou ao orfanato depois que tudo aconteceu.
Triste começo de mais desgraça cheia de cicatrizes no corpo e na alma desses pequeninos.
Jojo de Olivença
Akwa Ibom/NIG
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