NOSSOS ENCONTROS NO ENCONTRO DAS ESTAÇÕES EM FORTALEZA

CAMINHO DOS ENCONTROS E DOS ENCANTOS EM FORTALEZA
POR CARLOS BREGANTIM

Sinto-me participante de um momento histórico no que se refere à Fé Cristã que abracei desde a minha infância. Sempre cri que a Fé Cristã é a fé que toca nas pessoas, até as que já estavam sepultadas, e estas, ressuscitaram, voltaram a vida e foram convidadas à mesa dos vivos. Sempre cri que quando oro, oro sempre junto com o outro, pois, O PAI, É NOSSO, não meu. Que a mesa do pão tem que ter mais gente, pois O PÃO, É NOSSO, não apenas meu. Sempre cri que no ENCONTRO dos irmãos há plenitude dos dons, dos carismas, e portanto, de curas. Bem, em Fortaleza, mais uma vez testemunhei isto tudo que creio. No encontro e nos encontros dos caminhantes vindos de mais de 10 estados do Brasil, testemunhei o quanto a Fé Cristã é terapêutica, pois, curou a muitos e tocou em todos. Contemplei ao longo dos dias que ali ficamos juntos os encontros, os abraços, os beijos, os olhares, as risadas, os choros e as conversas sobre todos os assuntos possíveis, mas, o saldo de tudo, foi o RE-ENCANTO de muitos para continuar na caminhada na fé. O ENCANTO de outros tantos que haviam perdido o gosto, os sabores do viver comunitário. Alguns desencantados com tudo saíram dali com um mínimo de esperança de que é possível reascender a pequenina chama da Fé Cristã e a partir daí produzir vida suficiente para tocar em si mesmos e em tantos outros que encontrarão pelo caminho. Mais uma vez neste ENCONTRO não foi necessário que houvesse qualquer manipulação para que as pessoas se integrassem umas às outras, pois isto aconteceu com a naturalidade de tudo que acontece no Caminho. Em Fortaleza vimos a materialização de muito do que tem sido ensinado pelos mentores e vivido pelos caminhantes do Brasil todo, isto é, que é possível viver a dinâmica do evangelho em absoluta liberdade e com responsabilidade. Desfrutamos toda liberdade sem, no entanto, termos qualquer problema com leviandade, vulgaridade ou banalização da vida na vida. Sabendo que cada um de nós é TERRENO SAGRADO, nos relacionamos com reverência o tempo todo. Houve espaço de muita alegria e bom humor, mas, houve também muito espaço de escuta, onde muitos puderam derramar seus corações e serem ouvidos em amor. Como sempre, há muita informalidade, mas, ao mesmo tempo seriedade em tudo que se fala e se canta. É impossível destacar uma frase, pois, o todo em tudo, valeu demais. Ao nos despedirmos notamos o quanto nos apegamos uns aos outros, mas, todos sabíamos que voltar para casa e para a vida é absolutamente necessário, pois, é ali que a vida acontece. E isto aconteceu com os corações animados, esperançosos e cheios de expectativas para se materializar nas vidas de outros tantos as alegrias que vivemos juntos ali. Nos despedimos convictos que o evangelho é de fato a boa noticia de Deus aos homens a quem Ele quer bem. Nos despedimos certos que precisamos aprender conviver com um DEUS BOM e não com um Deus irado. Nos despedimos certos que nossa resposta a este Deus bom é o nosso serviço ao outro e a muitos, o tempo todo e todo tempo. Nos despedimos certos que há um culto a ser celebrado na vida todo dia o dia todo e que isto é possível, pois, Ele está sempre conosco em qualquer ligar e em qualquer circunstancia. Obrigado a todos que produziram este encontro que nos encantou outra vez com a beleza do EVANGELHO DA GRAÇA de Jesus de Nazaré. Deus os guarde a todos em amor e paz, pra Ele mesmo, sempre.

Graça, paz & todo bem a todos.

Bjs.
Por Cristina Faraon

Houve uma época...
Na qual Deus não dependia de dos nossos arranjos para que sua unção fosse sentida na congregação.
Houve um tempo no qual nossas lágrimas não precisavam ser "incentivadas" por algum dirigente talentoso.
Lembro quando ninguém sofria carregando o peso de "levar as pessoas a sentirem" a presença de Deus;
Houve uma época na qual os cultos eram cheios de graça e unção independentemente da quantidade ou qualidade dos instrumentos musicais.
Houve uma época, bem me lembro, quando não nos limitávamos a cantar o que os "ministros do louvor" haviam ensaiado. A gente cantava o que nosso coração contrito pedia na hora. Eles só nos acompanhavam... E dava tudo certo!
Houve um tempo quando o Espírito de Deus não dependia da galera da produção para se manifestar. Uma simples oração, um cântico com acompanhamento improvisado, alguém se levantando para orar ou compartilhar algo que fervia em seu coração... Tudo isso edificava, alegrava, sensibilizava.
Houve uma época na qual não existiam cânticos ungidos e os não ungidos, os que "funcionavam" e os que "não funcionavam";Lembra quando músicas lentas não davam sono, mas nos remetiam a um jardim de oração, à paz, a um sentimento de adoração lindo?E os cânticos mais ritmados? Eles não tinham a função de "bombar" o auditório nem eram um sinal para que todos saissem pulando de mãos para cima. Essas músicas apenas nos inspiravam, nos ajudavam a extravasar a alegria que já estava lá dentro de nós mesmo antes de chegarmos ao templo.
Sabe, eu pensava que "aquela época" havia passado para sempre... Mas não! Nesse Encontro em Fortaleza tudo transcorreu com tal naturalidade que ficamos encantados. Todo apelo foi à conscientização, não ao emocionalismo vazio."Eis que faço novas todas as coisas..."O que Deus nos deu em Fortaleza não foi a si mesmo, docemente, um sopro, um afago.Tudo novo... e ao mesmo tempo matando a saudade daquele tempo no qual bastava um coração compungido e contrito para Deus agir.
Em Fortaleza observei que entre nós não havia ninguém preocupado em "criar clima" ou "ajudar Deus a ser Deus". Quem dirigia os cânticos apenas dirigia os cânticos com espírito de adorador e quem cantava, cantava com ele, não por causa dele mas por causa daquele que vive e reina para sempre.
Simples demais, sem efeitos especiais nem gelo sêco... e aquela paz gostosa que excede a todo entendimento... e aquele doce Espírito ali falando, convencendo, convertendo, comovendo...Dá pra ser sempre assim? Dá sim! Os bons tempos voltaram - não "requentados", mas renovados e cheios de graça.
Aleluia!
De Priscila - MG
"Todos sabíamos que voltar para casa e para a vida é absolutamente necessário, pois, é ali que a vida acontece. E isto aconteceu com os corações animados, esperançosos e cheios de expectativas para se materializar nas vidas de outros tantos as alegrias que vivemos juntos ali."

Essas palavras foram escritas pelo Brega no texto que intitulou como " Caminho dos Encontros e dos Encantos em Fortaleza" e acredito que esse foi o sentimento da maioria na despedida do encontro. Voltar para casa significava volta "à vida real", volta ao trabalho, à família, às estações locais, ao cotidiano... Eu, particularmente, já cheguei em ritmo acelerado, trabalhando e estudando em dobro por conta da semana de folga, mas com o coração transbordante de alegria e a mente ecoando em todo o tempo as palavras do Caio, do Brega e do Marcelo... "Esquecer definitivamente o Salmo 137 e voltar-me ao 133"; "sem levar NADA durante a caminhada, estando sempre entre aqueles que crêem e não entre os que dizem para não incomodar o Mestre"; "deixando o que ficou para trás, para que os mortos sepultem os seus próprios mortos."

É impossível calar-me após dias tão belos como aqueles em que estivemos juntos. Preciso falar sobre o amor demonstrado através de servidão e cuidado pelos manos de Fortaleza; sobre a receptividade e grande amor que trouxeram os pernambucanos; sobre a graça e simpatia dos manos de Brasília; sobre o carisma dos vindos de Goiânia, que apesar de não serem goianos (Cris, carioca e Fonseca, mineiro) os souberam representar muito bem; sobre a amizade, já adquirida e dessa vez fortalecida, do amado casal sergipano (Alcides e Lúcia); sobre o bom papo do povo de São Paulo (Brega, Quintela, Tião, Ed, Gilson, Ivaldo); sobre a leveza dos cariocas; sobre o bom humor da Cristina e dos manos de Belém; sobre a alegria dos baianos; sobre a integração dos manos de Campo Grande; sobre a doçura da única, mas especial, representante da Paraíba, Cecília; sobre a abertura dos manos Marcos, Clara e Paulo, importados da Holanda e cheios da graciosidade e amor próprios do Caminho; sobre o lindo testemunho dos manos de Juazeiro; sobre a vontade de estar junto do Gilberto, que foi sozinho de São Luiz; e, como não poderia deixar de ser, falo ainda sobre o grande carinho do qual é cheio o povo da minha terra, as belas Minas Gerais, representadas em Fortaleza por gente de BH, Montes Claros e Uberlândia, todos muito especiais!

Esse povo, de diferentes partes do Brasil, trazendo diferentes sotaques e costumes, com diferentes hábitos e estilos de vida, tem algo mais do que especial em comum: está unido pela Graça, que a eles é dada pelo Pai e que os une através de Jesus, e nada, nada pode ser mais belo do que isso!

O que para alguns, inclusive para mim, parecia impossível há alguns anos, mostrou-se como realidade em Fortaleza, isto é, homens e mulheres unidos em Cristo, servindo-O em liberdade e tendo no amor não fingido sua verdadeira motivação. Há muito tempo não era "tão eu mesma" em meio a pessoas que professam o nome de Jesus! Sinto-me verdadeira e simplesmente feliz!

Termino dizendo que aquilo que o Brega escreveu e transcrevi acima descreve o meu sentimento hoje, 6 dias após o fim do encontro: "corações animados, esperançosos e cheios de expectativas para se materializar nas vidas de outros tantos as alegrias que vivemos juntos ali."

Amor e Saudades!

Paz e Bem!

Priscilla
(Uberlândia - MG)

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